terça-feira, 11 de agosto de 2009

O momento decisivo

Uma coisa que me intriga e fascina é o momento decisivo. Eu chamo de momento decisivo aquele momento que altera complentamente o rumo de nossas vidas, geralmente de forma abrupta. Um segundo depois a vida já não é mais a mesma, e nem poderia ser. 
 
É claro que todas nossas ações e omissões afetam nosso destino de algum modo. Mas não falo aqui dos momentos triviais de nossa vida e sim daqueles que nos transformam e, muitas vezes, não só a nós, pois repercutem na vida de outras pessoas. Entretanto, o momento decisivo não é necessariamente um ato grandioso como uma cena de filme de Hollywood, pode ser algo simples. Simples sim, mas não banal. A mudança que ele traz pode ser positiva, nos impulsionando para novos patamares, ou pode ser um fardo insuportável de se carregar.
 
O momento decisivo pode ser o xis que você marcou na hora de se inscrever para o vestibular, quando você rebeldemente escolheu o curso de Arquitetura ao invés de seguir os conselhos do seu pai para fazer Direito. Pode ser aquele sinal vermelho que você avançou provocando uma tragédia, alterando irremediavelmente a sua vida e a do motorista do outro carro.
 
Quando ocorrem acidentes de avião, é muito comum aparecerem histórias de pessoas que perderam o vôo e assim escaparam da morte. E se ela tivesse chegado um minuto mais cedo? E se ela não tivesse dado um beijo demorado de despedida na pessoa amada?
 
Me lembro de um conhecido, pessoa comum, classe média, não era nenhum marginal, mas que teve seu momento decisivo numa noite de sábado ao se envolver em uma briga e desferir um soco fatal no oponente. A incapacidade de sair da situação e de conter a raiva lhe rendeu vários anos na prisão e sua vida nunca mais foi a mesma.
 
Outra história que me ocorreu aconteceu comigo. Era um domingo e eu havia combinado de entregar uma encomenda que trouxe do exterior para um amigo. Eu não estava num dia bom e sem vontade alguma de sair de casa. Enrolei, cheguei a pegar o telefone para desmarcar o compromisso, mas não tive coragem e nem forças. Pois nesse dia tive a grata surpresa de conhecer a irmã do meu amigo que viria a se tornar a mulher da minha vida. Daquele dia em diante minha vida não foi mais a mesma, e nem poderia ser. E se eu tivesse desmarcado o encontro? E se ela não tivesse ido?

3 comentários:

  1. Meu Amor, fico cada dia mais feliz com os seus escritos, com as nossas conversas e de ver que estamos convergindo em nosso caminho e nossos pensamentos! Eu já escrevi um texto falando sobre essa questão de decisões...do momento das decisões.

    Muito boa a forma como você colocou, que das decisões mais simples, às mais complexas, tudo pode afetar a nossa vida e a de quem está ao redor. É assim mesmo. E por isso, temos que estar atentos a vida em qualquer instante!

    E graças a Jah e a todos os nossos passos anteriores nesse universo, naquele dia, você não desmarcou o encontro e eu também, não fiquei em casa na inércia do incomodo que eu estava sentindo...e dali em diante, cá estamos!
    ;*

    Te Amo demais!
    Parabéns pelo texto!

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  2. É isso aí, minha linda!
    Temos que estar atentos porque a vida é agora!
    BjoteAmo!

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  3. ah, que droga! pq eu deixei de encontrar a minha amiga naquele dia? até hoje nao encontrei o amor da minha vida! hehehe. mas eu chego lá! :*

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