quinta-feira, 25 de junho de 2009

Você se lembra?

Um dia desses, num momento de nostalgia, estava tentando me lembrar qual foi o primeiro disco que eu comprei. Não o primeiro disco que eu ganhei de presente, mas aquele que eu tive que juntar a mesada para conseguir comprar. Na época ainda era LP (long play). Fiquei frustrado por não conseguir me lembrar, minha memória nunca foi meu forte mesmo.

O primeiro disco que eu me lembro de ter gostado de verdade, e que influenciou meu gosto musical dali em diante, foi Nós Vamos Invadir sua Praia do Ultraje a Rigor. Isso lá em 1985. Na verdade, o disco era de um primo meu e eu peguei emprestado para gravar em fita K-7. A combinação de letras debochadas e rock and roll foi perfeita, num disco que praticamente todas músicas tocaram exaustivamente na rádio. Foi nessa época que deu um estalo na minha cabeça "é isso que eu gosto" e junto veio a vontade de aprender a tocar guitarra.

Outro disco que foi importante nessa fase inicial, e que ouvi até quase furar, foi O Concreto já Rachou da Plebe Rude. Esse sim comprado por mim e também de 1985. Era a época do "Rock Brasília, explode Brasil", a Legião Urbana já fazia algum sucesso mas eu preferia as letras contestadoras e as músicas mais pesadas e bem trabalhadas da Plebe. Depois vieram Led Zeppelin, Jimi Hendrix, Iron Maiden, U2, Guns and Roses, etc ..

Se não lembro do primeiro disco que comprei, me recordo perfeitamente do primeiro show. Acreditem ou não foi um show do Gilberto Gil na época da música Punk da Periferia. Os pais de um amigo meu iam ao show e nos chamaram para ir. Foi no ginásio Nilson Nelson e lembro bem como fiquei fascinado com aquilo tudo - o som, as luzes, o palco e a platéia.

Também me lembro bem do primeiro show que fui sozinho, foi um show dos Titãs na época da turnê Cabeça Dinossauro. Fiquei bem assustado, tanto o visual do palco como as músicas eram meio macabras, sinistras e agressivas. Foi a primeira vez que eu vi alguém cheirando loló, a primeira vez que vi alguém desmaiando de tanto fumar maconha e a primeira vez que vi uma porrada num show. Mas não fiquei traumatizado. kkkkk

E você, qual foi o primeiro disco que você comprou ou aquele que te deu o "estalo"? E qual foi o primeiro show?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Frase do dia

“Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum”.
Presidente Lula

O Presidente Lula que me desculpe, mas discordo dele. Aliás, eu penso exatamente o contrário. Todos temos que ser tratados como pessoas comuns, ou seja, com respeito e dignidade, e que têm direitos e obrigações. A lei deveria ser aplicada de forma igual à todos. Não é porque o Sarney é ex-Presidente da República e atual Presidente do Senado que deve ser tratado de forma diferente.

Se ele, ou seus antecessores, cometeram irregularidades no cargo, devem ser investigados e punidos, se for o caso. A situação é, no mínimo, estranha e passível de crítica, pois não é admissível a existência de atos secretos no serviço público. Isso afronta diretamente a Constituição e os Princípios da Administração Pública.

Já o Presidente Lula age de acordo com a máxima “aos amigos tudo, aos inimigos o rigor da lei”. Até quando vamos ser o país do “você sabe com quem está falando”?

Recentemente tivemos um exemplo desse tipo de comportamento em Brasília, de pessoas que, travestidas do seu cargo, se acham superiores aos mortais. Um subprocurador-geral do DF se envolveu em um acidente de trânsito, estava aparentemente embriagado, fugiu do local do acidente, ameaçou policiais e vítima, e finalmente foi preso por desacato à autoridade. Tudo devidamente filmado. Certamente essa cena deve ser rotineira na cidade onde muitos se julgam “otoridade”.
.
Outro exemplo em que uns são mais iguais do que os outros, e que me causa revolta, é o tal do foro previlegiado para parlamentares. Até onde eu sei, foi criado com o objetivo proteger os parlamentares de perseguição política. Louvável e justificável para o bem da democracia, mas daí a servir como escudo para crimes comuns, como um assassinato ou um acidente de trânsito, não faz o menor sentido. Como alterar isso se os responsáveis pela alteração são os mesmos beneficiados pela situação atual?
.
Sou brasileiro com orgulho, mas precisamos mudar algumas coisas em nossa cultura, esses são alguns exemplos. O mínimo que podemos fazer é não agirmos da mesma forma e educarmos nossos filhos no mesmo caminho.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Feliz dia dos namorados!!



Preta, aqui vai uma surpresinha para você. Não queria que esse dia passasse em branco já que não posso estar ao seu lado.

Que sina a nossa, hein! Passarmos o primeiro dia dos namorados longe fisicamente um do outro. Mas sei que você entende e, além do mais, celebramos diariamente o nosso namoro.

Me faltam habilidades poéticas, então serei direto e simples: EU TE AMO MUITO! Esses oito meses juntos têm sido de muita felicidade e crescimento.

Que este post possa te acalentar a alma e fazer sentir minha presença. Fique com meu abraço e beijo carinhosos.
Amo! Muito!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Procura-se uma banda de verdade


Um dia desses eu estava passando o canal da televisão aleatoriamente e parei num vídeo de uma dessas bandas novas que eu não me lembro o nome. O som das guitarras distorcidas e o visual da banda me chamaram à atenção de início. A decepção veio no segundo seguinte. Não sentia nenhuma verdade nas letras, na atitude, em nada! Era tudo tão ensaiado, tão pré-fabricado e com um gosto de "já vi isso antes".

O baterista estava sem camisa e ostentava o corpo coberto de tatuagens, provavelmente todas elas realizadas numa única sessão e com os motivos do momento. Fazia movimentos vigorosos para tocar uma batida simples. O guitarrista se sacodia como o Angus Young e fazia pose na hora do solo de uma nota só. O baixista tinha cabelo de emo e usava maquiagem pesada e borrada. O vocalista, com a barba cuidadosamente mal feita, contorcia o rosto na hora do refrão que invariavelmente terminava uma das duas palavras "vocêêêêê" ou "amooooor" [ler com entonação na última sílaba]. A câmera deu um close na sua garganta mostrando as veias saltadas. Apesar disso, não senti verdade na letra e nem na música .

Cadê a rebeldia roqueira, a contestação? Onde estão as críticas ao sistema? Brincadeiras à parte, não penso que o rock tenha que ser ideológico, mas precisa ter uma razão legítima para existir, nem que seja apenas por pura diversão. Antigamente as bandas eram formadas por amigos da rua que tocavam por falta de opção de lazer ou apenas para se expressarem. Por mais ingênua e romântica que seja essa imagem, a vontade de mudar o mundo era genuína. O sonho dessas bandas era gravar um cd (fita demo, na época) e fazer shows.

Hoje me parece que o sonho de algumas bandas é gravar um vídeo para tocar na televisão e se transformarem em celebrides instantâneas. A música é um mero coadjuvante. Quais delas estarão na ativa daqui a cinco anos? Quantas sobreviverão ao segundo disco? Quase tive um enfarto quando vi uma entrevista com um vocalista de uma dessas bandas que disse que o ídolo dele é o Caetano Veloso? Pára o mundo, onde estamos? Não gosto do Caetano Veloso, respeito a importância e o trabalho dele, mas daí para ser ídolo de banda de rock and roll tem uma distância grande.

Felizmente tive um alento no último fim de semana. Vi algumas bandas no festival Rolla Pedra e me impressionei com duas delas, uma de Goiânia (Black Drawing Chalks) e outra do Ceará (Red Run). Tocaram rock and roll puro e da melhor qualidade. É difícil explicar, mas é fácil sentir a verdade e a energia dessas bandas ao vivo. Vida longa ao rock and roll!

It's a Long Way to The Top (if you wanna rock n' roll)!! \m/