sexta-feira, 19 de junho de 2009

Frase do dia

“Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum”.
Presidente Lula

O Presidente Lula que me desculpe, mas discordo dele. Aliás, eu penso exatamente o contrário. Todos temos que ser tratados como pessoas comuns, ou seja, com respeito e dignidade, e que têm direitos e obrigações. A lei deveria ser aplicada de forma igual à todos. Não é porque o Sarney é ex-Presidente da República e atual Presidente do Senado que deve ser tratado de forma diferente.

Se ele, ou seus antecessores, cometeram irregularidades no cargo, devem ser investigados e punidos, se for o caso. A situação é, no mínimo, estranha e passível de crítica, pois não é admissível a existência de atos secretos no serviço público. Isso afronta diretamente a Constituição e os Princípios da Administração Pública.

Já o Presidente Lula age de acordo com a máxima “aos amigos tudo, aos inimigos o rigor da lei”. Até quando vamos ser o país do “você sabe com quem está falando”?

Recentemente tivemos um exemplo desse tipo de comportamento em Brasília, de pessoas que, travestidas do seu cargo, se acham superiores aos mortais. Um subprocurador-geral do DF se envolveu em um acidente de trânsito, estava aparentemente embriagado, fugiu do local do acidente, ameaçou policiais e vítima, e finalmente foi preso por desacato à autoridade. Tudo devidamente filmado. Certamente essa cena deve ser rotineira na cidade onde muitos se julgam “otoridade”.
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Outro exemplo em que uns são mais iguais do que os outros, e que me causa revolta, é o tal do foro previlegiado para parlamentares. Até onde eu sei, foi criado com o objetivo proteger os parlamentares de perseguição política. Louvável e justificável para o bem da democracia, mas daí a servir como escudo para crimes comuns, como um assassinato ou um acidente de trânsito, não faz o menor sentido. Como alterar isso se os responsáveis pela alteração são os mesmos beneficiados pela situação atual?
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Sou brasileiro com orgulho, mas precisamos mudar algumas coisas em nossa cultura, esses são alguns exemplos. O mínimo que podemos fazer é não agirmos da mesma forma e educarmos nossos filhos no mesmo caminho.

2 comentários:

  1. More,ótimo texto!!!
    Muito boa reflexão e a indignação é legítima!
    Eu também fiquei p* da vida quando vi o presidente falando isso...é a idéia errada dos privilégios, se esquecendo dos direitos e deveres para com a população.

    "O mínimo que podemos fazer é não agirmos da mesma forma e educarmos nossos filhos no mesmo caminho."

    Fechou com chave de ouro!
    Precisamos aprender a agir da melhor maneira possível e da forma correta,apesar de todos os exemplos contrários.

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  2. Falando nisso: vi agorinha no jornal, dizendo que o Pedro Passos foi condenado a 2 anos de prisão, por conta das terras ilegais que ele mexia...mas a pena pode ser substituída por uma pena alternativa.
    Tá...e alguém achava mesmo que esse desgraçado ia ficar algum dia atrás das grades?
    É absurdo mesmo!

    Bjoteamo!

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